A perda ou diminuição da audição em idosos faz parte do processo degenerativo relacionado ao envelhecimento natural de todos nós. Inclusive, é um processo que começa muito antes da terceira idade, pois entre 40 e 50 anos já deixamos de escutar da mesma forma que o fazíamos aos 20 anos, por exemplo.
Entretanto, esse processo de perda auditiva pode ser acelerado devido a componentes genéticos ou fatores de riscos como diabetes, pressão alta, tabagismo e uso excessivo de álcool. Além disso, segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, as pessoas demoram cerca de sete anos para procurar um especialista após perceberem problemas de audição – esta demora pode levar à surdez definitiva.
Por isso, é preciso ficar atento aos sintomas iniciais a fim de procurar um especialista. Quando o idoso sente dificuldade em falar ao telefone ou tem dificuldade em compreender as palavras que são ditas, por exemplo, é uma boa ideia procurar um médico.
Muitas pessoas acreditam que falar muito mais alto, até mesmo gritando, é a solução, mas isso não ajuda, pois a perda auditiva se dá muito mais por uma questão de frequência do que intensidade. Dessa forma, sons da fala que são mais agudos, especialmente quando utilizados com as consoantes s, t, k, p e f são mais difíceis de compreender.
Portanto, ao conversar com algum idoso que está sofrendo de perda auditiva, o ideal é falar de maneira clara, articulando bem as palavras e com boa entonação. De preferência, de frente para a pessoa – isto não irá melhorar a audição dela, mas ajudará na comunicação.